Platão e Aristotéles
2) Platão é um filósofo idealista no sentido que seu pensamento político provem de uma comparação ente o conceito (ideal) e o concreto (real),ambos representados respectivamente pelo mundo das ideias, ou inteligível, e pelo mundo sensível. O primeiro é o mundo da perfeição, dos modelos únicos, enquanto o segundo é aquele marcado pelas aparências, pelas sombras.
Para Platão, o corpo é a prisão da alma e é necessário que esta se liberte de tal prisão e volte para o mundo das ideias. Essa visão é expressa através do Mito da Caverna que conta a história de prisioneiros que, desde seu nascimento, vivem dentro de uma caverna, passando o tempo olhando para a parede onde são projetadas diversas imagens (sombras) que representam pessoas, animais, entre outros. Um desses prisioneiros consegue escapar e ao conhecer o lado de fora da caverna descobre que as sombras projetadas na parede da caverna não passam de imagens distorcidas da realidade. A caverna representa o mundo sensível e seu exterior, o mundo das ideias. Acreditava também que a democracia era a decadência da pólis e propõe a constituição de um novo governo, a República, um modelo da cidade ideal, que seria dividida em três níveis sociais: o primeiro nível é formado pelos dirigentes, ou seja, aqueles responsáveis pelo governo da cidade (elite, aristocracia, filósofos); o segundo nível é composto pelos guardiões intermediários, responsáveis pela defesa da pólis (soldados); e o terceiro nível abriga os produtores, que trabalham na manutenção da cidade (agricultores e artesãos). O primeiro nível receberia educação até os cinquenta anos, o segundo nível, até os trinta e o terceiro, uma educação elementar até os vinte. Para Platão, a pólis ideal estaria na harmonia entre os três níveis.
No caso de degeneração desta organização, outras formas de governos surgiriam: a timocracia ocorreria se os guardiões tomassem o poder; a oligarquia, se a riqueza preferida; democracia, se o poder pertencesse aos