Plantio Direto

No Brasil, anualmente, são plantadas cerca de 5 milhões e meio de hectares para pastagens, seja para renovação em que uma pastagem degradada é replantada, seja para formação de uma área de agricultura ou de vegetação nativa é ocupada.
A técnica convencional de formação está dividida em 6 etapas: primeiro a aplicação de calcário, depois a aração profunda para incorporação deste corretivo. O próximo passo é a adubação com distribuição dos macro e micronutrientes, para a seguir ser feita a gradagem para que o solo fique bastante despovoado e nivelado e possa receber as sementes.
A penúltima etapa é o semeio, quando as sementes são distribuídas no terreno. A etapa de formação termina com a compactação, utilizando-se rolos compactadores para que seja possível aumentar o contato das sementes com o solo. Ao todo 6 operações com maquinário entre as quais o solo fica exposto à ação da chuva e isso sem contar outros 60 dias para estabelecimento da forrageira plantada, estando a área sujeita à erosão. Uma situação que é mais crítica ainda em terrenos inclinados e de encosta de morros.
Recentemente começou a ser usada com sucesso a técnica de formação de pastagens por Plantio Direto, em que a vegetação presente na área é descerrada formando uma camada de palha sobre a qual é feito o semeio sem aração, gradagem ou compactação.
Uma técnica já utilizada na agricultura desde a década de 70 e que será apresentada neste vídeo-curso com o objetivo de propiciar uma nova alternativa de formação de pastagens ao pecuarista brasileiro. Para isso apresentaremos a técnica do Plantio Direto de forma detalhada, estudando em que situações pode ser utilizada, o calendário e as etapas de formação, análise do solo, correção com calagem, dessecação da vegetação para a formação da palhada, adubação e semeio e o manejo inicial de estabelecimento.