Plantação de tomate
Prof. Dr. Paulo César Tavares de Melo
USP/ESALQ – Departamento de Produção Vegetal
Introdução O tomateiro cultivado, Solanum lycopersicum L., pertencente à família Solanaceae, originou-se na América do Sul, pois os seus ancestrais selvagens são nativos da região andina que compreende o Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. O México, particularmente a região de Vera Cruz - Puebla é o provável sítio de domesticação e fonte das introduções mais primitivas do tomateiro. Por ser uma espécie onde a polinização cruzada ocorre em baixa freqüência, possui um alto grau de homozigose, e suas populações, em geral, apresentam diversidade inexpressiva. Daí porque a introdução de germoplasma de diferentes procedências constitui uma etapa essencial em programas de melhoramento, quando se deseja ampliar a base genética da espécie. O tomate é uma das olerícolas mais difundidas no mundo, sendo plantado praticamente em todas as regiões geográficas do planeta sob diferentes sistemas de cultivo e diferentes níveis de manejo cultural. Em 2005, a cultura do tomate, ocupou mundialmente uma área superior a 3,7 milhões de hectares. Do total de mais de 100 milhões de toneladas de tomate produzidas no mundo, estima-se que 72,5% correspondam a tomate para consumo fresco ou de mesa. O restante da produção destinou-se ao processamento industrial. Sua ampla utilização deve-se, principalmente, às suas qualidades organolépticas e ao seu valor como alimento funcional em vista das propriedades antioxidantes do licopeno, o pigmento carotenóide que dá a cor vermelha à grande maioria das cultivares existentes no mercado. As diferentes características de arquitetura da planta e do fruto condicionam o tipo de cultura, se de indústria ou para consumo fresco. A arquitetura é caracterizada por dois hábitos de crescimento distintos. O hábito indeterminado é o da maioria das cultivares apropriadas para a produção de frutos para mesa, que são tutoradas e podadas, com o