Plantas Urbanas
As plantas irregulares, associamo-las a cidades não planeadas, de crescimento espontâneo e à adaptação à topografia acidentada.
Na figura 1, representando Lisboa, podemos ver, lado a lado, uma planta irregular, com aspecto sensivelmente radioconcêntrico, correspondente à zona do Castelo e uma planta ortogonal, de malha estreita, resultante da reconstrução planeada às ordens do Marquês de Pombal.
Fig. 1
Nem sempre as cidades antigas têm plantas irregulares. Temos como exemplo Mileto (Fig. 2), Montpellier (Fig. 3) e Palma Nuova (Fig. 4 e 5).
Fig.2 Fig 3
Fig. 4
Fig. 5
Todas estas plantas foram planeadas.
Palma Nuova, construída em forma de estrela regular, tinha funções defensivas.
Em Portugal também temos cidades edificadas de acordo com estes princípios, como é o caso de Almeida. (Fig. 6)
Fig. 6
Nas cidades coexistem diversos tipos de plantas que podem corresponder a épocas diferentes, serem contemporâneas mas corresponderem a opções urbanísticas diferentes ou a diferentes topografias. Vimos o exemplo de Lisboa da figura 1. Em Lisboa, podemos encontrar zonas com aspecto radioconcêntrico (Marquês de Pombal) e ortogonal de malha mais larga que a baixa pombalina (Avenidas Novas)
Vemo-lo aqui em Barcelona. É bem visível a Grande Diagonal que, nas plantas ortogonais é uma forma de permitir atravessar a cidade de ponta a ponta, encurtando a distância e diminuindo o tempo gasto a percorrê-la.
Fig. 7
Fig.8
Planta ortogonal - Espinho
Nas condições em que as pessoas se deslocavam a pé ou em veículos de tracção animal, o relevo acidentado condicionava muito a expansão das