plano real
Plano Cruzado
O início de 1986 parecia um momento de trégua: houvera crescimento econômico no Brasil em 1984-85, o cenário externo era extremamente favorável, e politicamente o Brasil estava em transição para a democracia. O grande problema era nossa inflação. O Plano Cruzado:
1. mudou a moeda (de Cruzeiro para Cruzado), cortando três zeros para tirar o efeito de inflação;
2. congelou preços por tempo indeterminado (política heterodoxa), e
3. definiu reajustes de contratos da seguinte forma: salário médio +8%; salário mínimo +16%; gatilho salarial; aluguel reajustado pelo médio; preços pré-fixados reajustados pela tablita; preços pós-fixados, pela OTN (antiga ORTN).
De início, houve queda abrupta da inflação. Mas havia massa salarial na economia. Além disso, a queda dos juros provocou saques das famílias nas instituições financeiras (bancos). A economia estava muito líquida, e o plano fracassa com a inflação de demanda através de pagamento de ágio por produtos que desapareceram das prateleiras do supermercado.
O governo reage com novo pacote de estabilização: um pacote fiscal de aumento de tributos, desvalorização cambial (de novo…), e adoção do IPC. Finalmente, em fevereiro de 1987, nossas reservas chegam ao fim. O Brasil vira a bola da vez e decreta sua moratória. A inflação dispara, e atinge 80% ao mês.
Plano Bresser
Era urgente reduzir a inércia inflacionária. O Plano Bresser adota as seguintes medidas:
1. congelamento de preços por três meses;
2. mistura medidas ortodoxas e heterodoxas, e cria a URP (Unidade de Referência de Preços);
3. aumenta tarifas e a