Plano Real
Após verificadas as implantações de alguns planos econômicos de combate a inflação e seus fracassos, eis que no final de 1993 é implantado o plano Real, que no seu decorrer conseguiu reduzir a inflação e mantê-la sobre controle durante um longo período. Em 1993, quando assumiu o Ministério da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso iniciou os preparativos de implementação do novo plano de estabilização, cuidando para não cometer os mesmos erros dos planos anteriores. Destaca-se que este plano não surgiria repentinamente, mas seria implantado gradualmente, não utilizaria o método de congelamento de preços, porém faria uma modificação lenta da moeda, e por fim, preocupar-se-ia com a manutenção de desequilíbrios da economia. O cenário em que o país se encontrava na época em que o plano foi adotado era diferente dos anteriores e sua inserção internacional era completamente distinta. Neste período o Brasil havia acumulado significativo volume de reservas; e devido a abertura comercial, a economia estava muito mais sujeita a concorrência. O plano Real foi dividido em três fases, sendo elas, de ajuste fiscal, indexação total da economia e reforma monetária. O ajuste fiscal baseava-se em três elementos tidos como essenciais. Eram eles, corte de despesas, aumento de impostos e diminuição nas transferências do governo federal. Este ajuste visava reajustar o desequilíbrio orçamentário para os anos seguintes e daí impedir pressões inflacionárias. Para conter as despesas do governo, foi implantado um Plano de Ação Imediata (PAI), que determinou um corte de gastos de US$ 7 bilhões nas despesas de investimento e pessoal, também promoveu amplo combate a sonegação e o programa estabelecia novos tributos e a assinatura de um acordo da dívida externa com o FMI e credores. O aumento de impostos se deu pela criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira ( IPMF). Já o terceiro ponto do ajuste fiscal foi a aprovação do Fundo Social de