taxa selic
Vejamos alguns efeitos 2 da hiperinflação: perda do poder aquisitivo nas classes dependentes de rendimentos fixos, em especial os assalariados, o que resulta na redução diária do poder de compra dos menos favorecidos; prejuízo na balança de pagamentos do país, pois a inflação implica desestímulo às exportações e aumento da demanda por importados, e o combate a este problema, por intermédio da desvalorização cambial, gera como efeito contrário o aumento do custo da produção nacional e o consequente aumento do preço final, completando um ciclo inflacionário crescente; redução da arrecadação fiscal do governo, desde que a arrecadação é, também, corroída pela inflação existente; geração de expectativa inflacionária futura, com a visão empresarial de que, se os preços aumentaram no passado, eles permanecerão aumentando no futuro; limitação no planejamento de longo prazo, devido ao constante aumento de preços. Neste cenário adverso, o mais prejudicado é o brasileiro comum, aquele que possui menor nível de renda e não consegue recorrer a mecanismos que o permitam escapar ou, pelo menos, minimizar estes efeitos.
Atualmente, quando alguma reunião do COPOM 3 decide pelo aumento dos juros básicos da economia nacional – a taxa Selic –, a fim de conter a inflação, representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) reclamam e afirmam que o empresariado brasileiro enfrentará dificuldades para conseguir financiar investimentos da indústria nacional, e que tal situação prejudicará a possibilidade de se expandir a produção de bens e serviços no país, afetando toda a economia e gerando reflexos para o povo. Com espaço garantido em determinados segmentos da mídia, os empresários podem fazer esta assertiva soar como puramente verdadeira. Contudo, a reclamação guarda pouca dependência com a realidade, pois a indústria brasileira, normalmente, realiza investimentos com recursos