Plano real
Já na década de 1980 o Brasil já se encontrava com um alto nível de endividamento externo, com implicações sobre contas públicas e uma alta e crescente taxa de inflação. Com estes fatores atuantes a gestão pública tornou-se falha. A inflação passou a ser um problema crônico da economia brasileira, que impulsionou a criação dos planos de estabilização econômica, com objetivo do controle do nível de preços.
Em 1986 criou-se o Plano Cruzado, baseado no congelamento de preços e salários e, implantou o gatilho inflacionário, que consistia em um aumento mensal nos salários, da mesma magnitude da inflação do período. Acabou por fracassado, pois não conseguiu atuar no processo gerador da inflação.
O principal problema era o endividamento estatal, uma vez que o governo já não possuía mais fontes de financiamento, recorria à emissão monetária e, consequentemente acelerava o processo inflacionário. Além disso, o gatilho inflacionário aumentava ainda mais a inflação inercial.
Com o mesmo pensamento e também fracassados, vieram na sequência do Plano Cruzado, os Planos Bresser e o Plano Verão.
Em 1990 entrou em vigor o Plano Brasil Novo, também conhecido como Plano Colllor, época em que foram confiscadas as contas poupanças, com base na idéia de que sem renda, o consumo reduziria, diminuindo a pressão inflacionária. A queda na oferta de crédito levou as empresas demitirem e encerrarem suas atividades, este plano também fracassou e a inflação continuou a subir. Seu sucessor, Plano Collor II também se deu por fracassado.
Com diversas medidas tomadas na área de comércio exterior, o Pano Real mostrou seu sucesso. Favorecido com um cenário de crescimento nas relações externas na década de 1990, as exportações brasileiras cresceram rapidamente, assim como as importações.