plano real
A inflação foi por muito tempo, o principal problema econômico brasileiro. Vários planos foram elaborados para acabar com esse problema. Várias foram as estratégias adotadas com o objetivo de estabilizar os preços, entretanto, todas falharam. O Plano Real surgiu após diversas tentativas mal sucedidas de planos nos governos anteriores.
Organizado em etapas, o Plano resultou no fim de quase três décadas de inflação elevada e substituiu a antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994, sendo implantado gradualmente, sem congelamentos de preços, confisco de depósitos bancários ou outros artifícios econômicos.
Este trabalho, portanto, aborda o programa brasileiro de estabilização econômica (Plano Real), que é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para o combate à inflação elevada. Destacaremos a importância e a eficácia do Plano Real para a economia brasileira, apontando as características e os resultados do mesmo.
No Brasil, desde o final da década de 70 até meados dos anos 90, conviveu-se com elevadas taxas inflacionárias. Ao longo desse período, o País foi submetido a vários planos econômicos, ortodoxos e heterodoxos, mas nenhum teve sucesso efetivo no combate à inflação e na retomada do crescimento econômico. A observação da economia brasileira na segunda metade da década de 80, mostra que todos os esforços para acabar com a inflação foram abandonados pouco tempo depois de anunciados. O Plano Bresser durou apenas seis meses, enquanto os Planos Cruzado, Verão e Collor duraram cerca de 12 meses.
Após várias tentativas frustradas, surge o Plano Real, com a preocupação de não cometer os mesmos erros. Por isso, o Plano seria implantado gradualmente e não haveria congelamentos, mas sim uma “substituição natural” da moeda.
Afirma Solange Dreveniacki e Tayenne Caron, que:
A maior lição aprendida pelos formuladores do Plano Real com o fracasso dos planos anteriores foi que medidas impostas