Plano real
O Período de 1964-73 abrigou três mandatos de presidentes militares: Castello Branco (1964-66), Costa e Silva (1967-69) e Médici (1969-73), os dois últimos, generais.
Os ministros de Castello Branco estabeleceram o combate gradual da inflação, a expansão das exportações e a retomada do crescimento como principais objetivos da política econômica, que acabou assumindo um caráter restritivo.
Por se tratar de um período onde militares estavam no governo, o Brasil de 1964-73 ilustra um caso de nítida ausência de correlação entre democracia e desenvolvimento e de alta correlação entre autoritarismo e reforma econômica.
Os anos 1964-67 foram marcados pela implementação de um plano de estabilização de preços de inspiração ortodoxa – o Plano de Ação Econômica do Governo (Paeg) – e de importantes reformas estruturais – do sistema financeiro, reforma tributária e do mercado de trabalho. Nesse período, a economia brasileira teve um comportamento do tipo stop and go, embora o crescimento médio do PIB tenha sido razoável (4,2% a.a.). A segunda fase, de 1968 a 1973, caracterizou-se por uma política monetária expansiva e por vigoroso crescimento da atividade econômica, acompanhada de gradual redução da inflação e do desequilíbrio externo, dando a este período o nome de Milagre Brasileiro.
O Paeg (1964-66): Diagnóstico e Estratégia de Estabilização
No governo de Castello Branco, o país se encontrava em uma estagnação da atividade econômica, acompanhada de aumento da inflação (estagflação). O Paeg veio a ser um plano emergencial, destinado a combater eficazmente a inflação.
Mas, além de conter a inflação também eram necessárias reformas estruturais. Os déficits alimentavam a expansão dos meios de pagamento que, por sua vez, sancionavam o aumento dos salários.
As principais medidas do Paeg foram:
Um programa de ajuste fiscal, com base em metas de aumento de receita e de contenção de despesas governamentais;
Um orçamento monetário que previa taxas decrescentes