plano de negócios
15/07/2011 às 08h00 - Atualizada em 15/07/2011 às 08h36
Em concurso de moda, estudantes criam roupas adaptadas para deficientes
Jornal do BrasilLuisa Bustamante
+A-AImprimir
PUBLICIDADE
Sob a máxima do “seja você mesmo”, a indústria da moda aposta frequentemente na ideia de que ter um estilo próprio é fundamental para o consumidor. Ironicamente, é justamente neste cenário que a falta de roupas adaptadas para deficientes físicos permite que o improviso e osgastos extras com costureiras se tornem companheiros diários daqueles que, por obra do destino, perderam a visão ou a mobilidade.
Com o objetivo de dar luz ao problema que atinge cerca de 16 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, um concurso de moda premia, anualmente, estilistas com projetos de vestuários adaptados. A iniciativa, realizada pela Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência de São Paulo está em sua terceira edição e encerra suas inscrições nesta sexta-feira (15).
Segundo a coordenadora do projeto, Daniela Auler, com crescimento de vagas para deficientes físicos no mercado de trabalho, aumenta também a necessidade de encontrar marcas que produzam roupas mais práticas e confortáveis. Daniela explica que, dependendo do tipo de deficiência, alguns modelos de vestimentas podem até prejudicar a saúde.
Concurso destaca roupas adaptadas
“No caso de um cadeirante, os bolsos ou costuras nas calças podem fazer pressão na cadeira e provocar feridas ou escaras”, conta. “Além disso, não faz sentido ter um bolso na parte de trás da calça, então o compartimento deveria ser costurado na coxa.”
A coordenadora também cita as roupas com bordados em braile, indicando o tamanho e a cor das vestes nas etiquetas. “Uma vez uma participante fez um vestido todo bordado em braile e com aplicações em alto relevo, assim a pessoa poderia identificar o que está escrito na roupa que vai comprar”, acrescenta.
Modelos desfilaram os looks adaptados
Vencedora do concurso