Plano de metas: o capital estrangeiro
O crescimento industrial ocorrido no Brasil entre 1955 e 1962 estava estruturado no chamado tripé econômico, este formado pelas empresas estatais, pelo capital privado externo, e pelo capital privado nacional, este ultimo possuindo a menor parcela de influencia nesse crescimento.
As empresas estatais detinham maior participação no setor de bens intermediário. A maior parte dos investimentos do governo estava focada no setor de refinamento de petróleo, energia elétrica, siderúrgicas e infraestrutura.
O capital privado nacional, como sócio menor, tinha uma participação maior na área de bens de consumo não duráveis. No entanto as multinacionais, com 43% das vendas, também possuíam uma importância considerável nesse setor.
E dominando amplamente a produção industrial brasileira estava o capital privado estrangeiro. Este se sobressaia com folga na produção de bens de consumo duráveis, e usufruía da maior parte das vendas no departamento de bens de capital, que inclusive foram os setores de maior crescimento do período, liderando o desenvolvimento industrial do Plano de Metas.
1- Taxa de crescimentos anuais em media, 1955-1962/Investimentos industriais.
Bens de consumo duráveis 26, 4 %
Bens de capital 23, 9%
• O investimento na indústria de transformação cresceu a uma taxa media de 22% nesse mesmo período.
O Capital estrangeiro no Plano de Metas
O Objetivo era implantar o setor secundário de forma rápida na economia brasileira, substituindo as importações, e desenvolver o primeiro setor já existente. O que só seria alcançado num curto espaço de tempo com a implantação maciça do capital privado internacional no País.
A combinação de politicas protecionistas e de atração do capital estrangeiro, emblemático no caso da indústria automobilística, foi o principal impulso para industrialização brasileira. O Total de investimentos externo direto (IED) passa de uma media anual de 64 milhões, de 1950 a 1955 para uma media