Plano de Ação Econômica de Governo
A) Contexto histórico:
De acordo com Márcio Kerecki e Miguel dos Santos, o contexto dos anos de 1960 é de uma crise herdada dos planos de metas do governo JK. Em 1964 a economia brasileira encontrava-se com a inflação em tendência de alta (90%), déficit do balanço de pagamentos e estagnação do crescimento econômico. Autores destacam que esta instabilidade política e econômica acaba acarretando numa baixa do populismo, o que mostrava que o modelo político daquela época estava se esgotando.
Conclui-se, portanto que o capitalismo se encontrava na primeira crise desde que o Brasil se tornou mais industrial, iniciado pelo processo de substituição de importações (PSI). Somado a crise no modelo do PSI nos anos 60, que seguia em ondas desde a ascensão do primeiro governo de Getúlio Vargas e piorava graças à crise cíclica do capitalismo, se fez necessária a existência de políticas econômicas que trouxesse novamente ao Brasil maior estabilidade econômica e consequentemente política.
OBS: Não entendi seu comentário “O momento é peculiar por estar em crise econômica, parte reflexo do Plano de Metas, e crise política. Governo renunciando, vice ameaçado de não poder assumir o poder, pressão política e atuação militar.”. (Pode ser como dúvida a ser debatida em sala)
B) O que é?
O PAEG (Plano de Ação econômica do Governo) foi um plano econômico brasileiro lançado pelo primeiro governo militar (Presidente Castelo Branco 1964 – 67) e sendo o primeiro desta sequência política no país. Graças a instauração de um governo ditatorial, atender as massas populacionais não era de interesse do governo, que utilizou este período para tomar medidas impopulares.
Este plano viabilizou uma série de reformas que possibilitaram a retomada do crescimento econômico brasileiro. O Plano consistiu em reduzir a inflação através da redução dos gastos do governo e da diminuição da demanda agregada provocada pelas políticas populistas anteriores de juros