Plano de Aula
DISCIPLINA: MUSICALIZAÇÃO E ARTES CÊNICAS
PROFESSORA: HENRIETTE METSAVAHT CARÁ
METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE CÊNICAS E MUSICALIZAÇÃO
No Brasil, a abordagem dos jogos dramáticos e teatrais tem sido estudada por diversos professores/pesquisadores que baseiam suas práticas nas idéias e técnicas desenvolvidas por diversos professores/autores como Constantin Stanislavski, Olga Reverbel, Maria Clara Machado, Peter Slade,
Augusto Boal, Ingrid Koudela, Joana Lopes, Viola Spolin, Jean Pierre Ryngaert, Ricardo Japiassu, Vera
Lucia Bertoni dos Santos, entre outros, todos com diversas publicações. Vamos deixar claro que não existe um conceito ou uma metodologia definitiva, única. Todas são fundamentais. Vejamos algumas idéias:
Stanislavski (1863-1938) criou um sistema, também chamado de Método da Ação Física, com o objetivo de formar atores capazes de alcançar a verdade emocional, o realismo psicológico, tendo o total controle sobre o físico. Um de seus princípios é o de que todas as ações no palco têm que ter um propósito.
Devem responder sempre a três perguntas essenciais: o que?, por quê? e como?, por exemplo: o “o que” – é sempre uma ação executada (abrir uma porta, um pacote; ir de um lugar para o outro, sentar, pegar um objeto, etc.); o “por quê” – refere-se à razão pela qual alguém está fazendo algo, isto é, o que me motiva a fazer isso?; e “como” faço isso: ansiosamente, com medo, com alegria, com pressa, com desconfiança, etc.?
Essas ações físicas, que acontecem de momento a momento, é que vão alinhavando a encenação. A metodologia de Stanislavski é amplamente utilizada até hoje para a formação de atores e serve de base para quase todas as outras metodologias que foram surgindo.
Augusto Boal introduz a idéia de que todos os seres humanos são atores porque agem, e expectadores porque observam; portanto, qualquer pessoa, de qualquer idade, de qualquer nível social, econômico e cultural pode atuar. Sua metodologia,