Plano de aula

Partindo de uma análise histórica, podemos analisar que o contexto no qual se dirige o surgimento histórico dos movimentos sociais indígenas está ligado ao “des-encobrimento” do Brasil no século 16 com a chegada dos portugueses. O mercantilismo e necessidade de expansão dos mercados, impulsionavam a violenta forma de organização estabelecidas pelos portugueses. Uma sociedade ‘estruturada’ e ‘organizada’ buscando ‘salvar’ e urbanizar aqueles povos por meio de ‘ensinos’ crenças e valores (COSTA, 1997). Argumentos usados para justificar tal ato de crueldade e violência.
Estima-se que aproximadamente a população indígena possuía cerca de 5 milhões de indivíduos distribuídos em 600 povos mantidos em suas culturas e linguagens próprias em uma sociedade que primitiva. (GOMES,2005). Dados feitos pela FUNAI, constatam que a população indígena tem um total aproximado de 358 mil indivíduos no ano de 2005; representando 0,2% da população brasileira. Tais dados nos deixa claro a desvalorização sobre a cultura indígena e o desrespeito neste encontro de conquistador e conquistado (JACOB GORENDER, 2001) Segundo Paulo Borges (2006) Tais movimentos indígenas deram origem desde o momento no qual historicamente deu-se o ato do “descobrimento” do Brasil, por consequência, enfrentando a garantia da ocupação territorial ocupados por seu povo. Borges afirma que:

[...] Historicamente, os povos indígenas sempre reagiram à violação e a conquista de seus territórios tradicionais; e estas respostas variavam de acordo com o desafio imposto pelos distintos momentos da expansão capitalista, inicialmente européia e, mais tarde, condicionada à formação econômica brasileira (Paulo Borges, 2006, p.1)

Neste contesto podemos observar que durante três décadas as relações entre os colonizadores e o povo indígena eram passivas, no entanto a coroa portuguesa necessitava assegurar sua posse sobre as terras “descobertas” decidindo povoar as terras e de fato, as mortes foram inevitáveis