Plano Collor
Analisar as principais consequências que a nova estratégia de desenvolvimento, adotada no início da década de 90, trouxe à economia brasileira, destacando:
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As repercussões sobre o nível de renda e emprego;
As mudanças na distribuição de renda;
Os resultados para as contas públicas (política fiscal e dívida pública interna)
O desempenho do setor externo
Ao longo da década de 80, a moeda indexada e a crescente instabilidade de preços no mercado de bens e no mercado de ativos propiciaram uma dinâmica em que a hiperinflação ameaçava se romper e era impossível restaurar os processos adequados da formação de preços. Nessa perspectiva de instabilidade monetária e financeira, restava a sensação de que somente medidas radicais conseguiriam cortar a hiperinflação e restaurar o valor da moeda.
Em março de 1990, o novo Governo anunciou um programa de estabilização destinado a estancar a hiperinflação e a controlar, definitivamente, a inflação no Brasil. O programa incluía quatro grupos de medidas de curto prazo: reforma monetária que estabeleceu a troca do padrão monetário, que incluía o bloqueio de aproximadamente 70% dos ativos financeiros do setor privado; um ajuste fiscal; uma política de rendas baseada num novo congelamento de preços; e a introdução de uma taxa de câmbio flutuante. Como medidas de médio prazo, tinha-se a liberalização do comércio exterior e a privatização.
Sem dúvida, com este violento choque monetário corrigiu-se um dos problemas enfrentados pelas tentativas recentes e fracassadas de estabilização. O Plano Collor, através de uma reforma monetária, promoveu um enxugamento de liquidez, reduzindo de um dia para outro os meios de pagamentos de cerca de 30% do PIB para aproximadamente 9% do PIB (saldo no final do mês de março). Este choque monetário tomou toda a sociedade de surpresa, deixando-a perplexa e provocando efeitos fulminantes sobre as