Planejamento e orçamento publico
Disciplina: Tópicos em Administração: Planejamento e Orçamento Público
O PLANO COMO APOSTA
O plano e a governabilidade do homem sobre as situações
Um Plano pode ser entendido como um conjunto de ações e procedimentos para um certo período de tempo visando alcançar um objetivo. Em termos mais genérico podemos avaliar o plano sendo indispensável na ação humana como alternativa para o domínio da improvisação. Esse conceito genérico de plano não depende, por conseguinte, de sua pertinência a um sistema econômico-social determinado, mas do uso da razão técnico política na tomada de decisões. Um dos primeiro problemas é identificar corretamente os problemas e explicá-los, situacionalmente; quer dizer, diferenciar as explicações, para saber não apenas onde atuar para enfrentá-los, como também perante quem devemos fazê-lo. Na explicação do jogo social, não existem problemas óbvios, nem explicações absolutas e seguras. Um segundo problema é saber delinear frente à incerteza, ou seja, saber delinear sob forte dúvida. Isso é o oposto de delinear determinadamente. Um plano não deve cobrir o universo teórico de possibilidades que o futuro oferece e, por razões práticas, explora apenas algumas. As demais permanecem na nebulosidade do futuro. O plano fecha um espaço de possibilidades que a realidade mantém abertas. Embora isso seja, a nosso ver, totalizante, satisfatório e pouco vulnerável, sempre será incompleto, pois refere-se apenas a uma interpretação das muitas outras interpretações possíveis que o futuro encerra. Esse é um argumento claro e definitivo para compreender o plano como uma obra aberta para a permanente e incessante necessidade de ajuste a surpresas e alterações, que permanecem não reveladas e potenciais no momento de sua revelação. O terceiro problema seria o cálculo estratégico obrigando as autoridades a pensar estratégias para tornar o plano viável. A eficácia política surge como critério essencial de avaliação estratégica, em concorrência com