Pinóquio às avessas

1. INTRODUÇÃO

O trabalho proposto trata de uma analise criteriosa do livro Pinóquio às avessas, de Rubem Alves, a fim de relacionar e identificar, críticas e defesas a abordagens expostas em sala de aula.

2. CRÍTICAS DO AUTOR

Rubem Alves nos mostra, que ensinar é mais do que transmitir conhecimento, é despertar a curiosidade do aluno, e trabalhar em cima do já conhecido.
Na estória, o pai de Felipe deixa claro que ele só seria alguém, se fosse para a escola, caso contrário, se tornaria um jumentinho, como Pinóquio.

O autor crítica a pedagogia diretiva, imposta na escola tradicional, onde a educação é transmitida de cima para baixo, ou seja, do professor para o aluno. O professor acredita que o aluno é uma tabula rasa, que não possui nenhum conhecimento e que só poderá adquiri-lo através dele, o sujeito só conhece o objeto quando este o for apresentado.
Vimos que Felipe, mesmo antes de iniciar seus estudos na escola, já tinha adquirido certo conhecimento. Quando nasceu, nada sabia, mas sua curiosidade o fez ver como o mundo era divertido, ele queria descobrir o que havia por trás das coisas; tinha grande atração e curiosidade por pássaros e acreditava que na escola aprenderia sobre eles.
Mas na escola tradicional, há regras, e um conteúdo pré-estabelecido pelo governo, o aluno não é considerado como um todo, sua subjetividade não é levada em conta, eles não aprendem na mesma velocidade, e os que ficam para trás, são considerados portadores de déficit, já os que aprendem as tarefas devidamente, as esquecem facilmente com o tempo.
O ser humano nasce com uma tendência realizadora, e Rubem Alves nos mostra que essa tendência natural se desfaz na escola tradicional, que transforma alunos em meros robôs repetitivos. Para ele, alunos em uma escola são como pássaros na gaiola, o que, para Paulo Freire, é a pedagogia do oprimido.