o Kitsh
“O mais competente não discute, domina a ciência e cala-se”
-Voltaire
Resumo
O Kitsch designa aquilo que é de má qualidade, reles, ignóbil, aplica-se a qualquer coisa, seja ela material ou imaterial. É desgosto e exagero. Neste caso, são baboseiras autoritárias proferidas em tons indiscutíveis. O Kitsch é um simulacro de algo, é fácil, ostensivo, inadequado e falsificado. É um subproduto, uma salsicha.
Os discursos de Passos Coelho são Kitsch. Este é um homem simples que se julga um Cícero. À semelhança de Passos Coelho, o seu governo também milita no Kitsch. A chica-espertice fez ninho no Estado. Olhamos para o governo e não encontramos uma partícula de decoro naquela paisagem humana. Que vergonha termos aquela gente a governar-nos! Estes governos são estrategas da crueldade do tempo infame que vivemos. Não há neste governo nenhum pensamento político. É tudo Kitsch, lugares comuns, mau gosto e pensamento zero.
SÍNTESE
Alice Brito caracteriza os discursos de Passos Coelho e do seu governo como ocos, repetitivos e baratos, que, quando “proferidos em tom professoral”, transmitem a ideia de sapiência e de autoridade. A cronista denomina-os de Kitsch, ou seja, temos um governo recheado de chicos-espertos de mau gosto e incrível menoridade intelectual – e esta flui pelos discursos que fazem. Assim, ficamos com “uma retórica salsicha”, sem “pensamento político”, que é apenas um conjunto de “lugares comuns” e “mau gosto”. Depois dos discursos, ouvimo-los a elogiarem-se mutuamente. Vítor Bento e o Novo Banco são exemplo disso, porque não deram resultado, apesar da publicidade que houve em torno destes. No fundo ela sente “vergonha de ter aquela gente a governar-nos” e que eles “são todos estrategas da crueldade do tempo” que vivemos.
COMENTÁRIO
Com este texto, apercebemo-nos de que os discursos políticos de hoje, são fúteis e desprovidos de qualquer conteúdo. Estes discursos são uma mera construção, matéria sem substância. Há discursos mas