PINTURA AUTOMOTIVA
1 – Pintura:
A pintura é a terceira parte da linha produtiva do automóvel. Ela tem como principal objetivo a durabilidade e a estética do automóvel. A durabilidade refere-se a seu tratamento de proteção contra corrosão, que compreende o desengraxe, fosfatizaçao, aplicação de cataforese (pintura epóxi a base d’agua) e a aplicação de selantes. A estética é a camada mais externa da pintura composta do Primer, tinta base do veículo e o acabamento em verniz.
Todas as etapas da pintura são seguidas por um período de cura auxiliado por enxagues, estufas, fornos e/ou resfriamento por circulação de ar. Dependendo da etapa é utilizado o processo de cura correto. (Figura: Distribuição de camadas de tinta na superfície das carrocerias)
1.1 – Desengraxe: O tratamento da superfície começa com o desengraxe. A principio era utilizado desengraxantes orgânicos clorados como, por exemplo, o tricloroetileno. Mas, devido a riscos que estes apresentavam à camada de ozônio e o conceito de sustentabilidade as indústrias, inclusive a automobilística, foram substituindo-os por desengraxantes aquosos alcalinos ou até mesmo os terpênicos. Geralmente extraídos de cítricos os desengraxantes terpênicos, diferente dos alcalinos, não possuem pH tão elevado, trabalham em temperaturas mais baixas e não causam irritação aos operários. Os desengraxantes mais utilizados são os alcalinos e são aplicados em um banho aquoso com elevadas temperaturas que estão próximas a da ebulição da água. 1.1.2 – Fosfatizaçao: Apos o desengraxe a carroceria passa pela fosfatizaçao por imersão, a fim de aumentar adesão da tinta cataforese e consequentemente a resistência à corrosão. O objetivo deste processo é criar uma camada de cristais muito pequenos e insolúveis sobre a chapa de aço. Ao imergir a carroceria em solução fostatizante, há um ataque eletroquímico na superfície metálica, devido à presença de íons H+, o que ocasiona o deslocamento de equilíbrio das reações dos fosfatos