Pim 2011
Terceirização em TI - análise de conjuntura e tendências
O movimento de terceirização outsourcing tem se fortalecido na agenda e no plano estratégico das corporações de todos os portes, em todos os setores, no Brasil e no mundo. É um movimento global, irreversível e ainda em forte expansão. Motivos genuínos não faltam: redução de custos, melhoria de eficiência operacional, economia em escala e melhoria contínua da qualidade têm sido atrativas bandeiras. A indústria da Tecnologia da Informação (TI) é a principal incentivadora desse movimento. Ajuda a consolidar um modelo mais maduro, graças à mudança positiva pela qual a TI passou nessa última década nas empresas. Deixou de exercer um papel meramente técnico e de suporte à organização e passou a atuar no papel de impulsionar o negócio, como corresponsável pelo sucesso na execução da estratégia da companhia. Como consequência, as organizações concentraram-se no próprio negócio fim, utilizando a área de TI como fonte de inteligência e terceirizando responsabilidades que não faziam parte diretamente do core business, atividades de infraestrutura (armazenamento de dados, gerenciamento de redes e equipamentos, data center, entre outras), sistemas (desenvolvimento, manutenção e modernização) e processos de negócio. Isso não significa relegar essas atividades de TI a um segundo plano, mas, sim, colocar nas mãos de especialistas a segurança, manutenção e operação da plataforma tecnológica. Olhando um pouco para o início dessa década, observa-se no Brasil um número alto de terceirizações de atividades de TI, como em infraestrutura e sistemas. Entretanto, apesar das motivações serem acertadas, muitas percepções e expectativas foram equivocadamente geradas ao longo desse processo. A principal era relacionada à redução de custos. Quando esse era o principal motivo para terceirizar sua TI, quase sempre as empresas estabeleciam metas altas de redução, como objetivo de curto prazo. Negociações duras eram