Pilha de Batata
Em 1836 o químico e meteorologista inglês, John Frederic Daniell (1790-1845), desenvolveu a que seria na época a mais moderna pilha já inventada, a chamada “Pilha de Daniell”. A Pilha de Daniell constituía de um sistema formado por dois eletrodos de cobre e zinco que ficavam parcialmente submersos em um meio aquoso que era composto dos sais de cobre (CuSO4) e de zinco (ZnSO4), de acordo com a Figura 1. Os eletrodos eram unidos por um circuito elétrico (fio de cobre) ligado a uma lâmpada que indicaria a passagem de uma corrente elétrica, de um eletrodo ao outro. Além disso havia entre os dois recipientes contendo o eletrólito com o sal correspondente de cada eletrodo uma ponte salina que era responsável por equilibrar a força iônica do meio a partir de um sal altamente solúvel e que possuísse uma resposta de movimento parecida entre seus íons positivos e negativos (KCl). Surgia a que seria uma das mais utilizadas pilhas da atualidade a Pilha Galvânica.[1]
Figura 1: representação da Pilha de Daniell[1]
Toda pilha funciona basicamente pelo mesmo principio: o de Oxiredução; onde o eletrodo com menor potencial de redução sofrerá oxidação e o outro eletrodo que deverá, na maioria das vezes, possuir um potencial de redução maior, reduz. Esta última não é uma regra, uma vez que existem vários outros tipos de pilhas, como por exemplo as pilhas de concentração, onde há a possibilidade da utilização de eletrodos de um mesmo metal mas em concentrações diferentes, o que permite que se estabeleça a diferença de potencial necessária.[2] As aplicações das pilhas vão além de sua utilização como fonte de energia para aparelhos eletrônicos e portáteis. Sabendo-se que os processos corrosivos que sofrem a maioria dos metais utilizados em construções e estruturas são processos de oxidação, o conhecimento sistemático de uma pilha e dos potenciais de redução dos metais, permite a proteção dos mesmos pela aplicação de um potencial maior que o estabelecido pela