Pilha de batata
Como dissemos, batata pode gerar energia elétrica. É claro que não é suficiente para alimentar muita coisa, mas existem alguns experimentos simples que podem usar esta energia. Assim, o que vamos fazer inicialmente é mostrar um experimento que permite fazer uma pilha elétrica com uma simples... batata.
Como isso funciona?
Dois metais diferentes colocados num meio líquido condutor de cargas elétricas (transportadas por íons, no caso) formam uma pilha elétrica. Nos metais diferentes aparecem cargas de polaridades opostas, manifestando-se uma diferença de potencial elétrico entre eles, a qual tem valor (tantos volts) que depende de suas naturezas. Escolhendo de modo apropriado os pares de metais diferentes, conseguimos obter tensões de mais de 1 V. Os pares podem ser: ferro/cobre, alumínio/cobre, zinco/cobre, alumínio/ferro etc.
No nosso caso, os dois metais serão duas chapinhas de (1cm x 3cm) cada, uma de zinco e outra de cobre. Todavia, poderia ser uma ponta de fio de cobre grosso e um clipe grosso, que normalmente é de metal latonado. Poderia, ainda, ser um prego e um fio de cobre grosso. Há toda uma série de pares a serem experimentados, observando qual a combinação que produz maior tensão (consulte em Química a 'fila de reatividade') ... isso é o bonito da Ciência!
O meio líquido condutor é justamente a batata.
Assim, conforme a Fig. 2, basta enfiar as chapinhas (plaquinhas) numa meia batata (cerca de 1,0 cm uma da outra) para termos entre elas uma tensão elétrica que pode variar entre 0,1 V e 1 V, a qual pode ser detectada facilmente por um multímetro comum na escala DC. A placa de cobre será o pólo positivo e a de zinco, o pólo negativo.
É claro que a potência desta pilha dependerá da área das placas (ou fios) espetados na meia batata e da 'capacidade' dessa de conduzir a corrente, que não é muita. Assim, a pequena quantidade de energia elétrica produzida servirá apenas para alimentar alguns dispositivos/experimentos que exigem pouco,