Pierre Koenig
O arquiteto Pierre Koenig morreu aos 78 anos, em sua casa, de leucemia, anunciaram seus amigos na terça-feira. Ele ajudou a definir o visual do sul da Califórnia com residências elegantes de aço e vidro que se tornaram mundialmente famosas.
Atualmente, Koenig estava lecionando na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, onde ele próprio se formou. O arquiteto, que morreu no domingo, planejava vários edifícios novos, disse Robert Timme, seu amigo e diretor da Escola de Arquitetura da universidade.
Koenig integrou um grupo de arquitetos do sul da Califórnia que exerceram grande influência na metade do século 20, entre os quais Charles e Ray Eames, e que seduziram a crescente classe média do pós-guerra com seus projetos inovadores.
As residências que criou, muitas das quais foram usadas como cenário de filmes nos anos 1950 e 1960, eram simples, abertas, consumiam pouca energia e tinham uma conexão íntima com a paisagem natural que as cercava.
"Era um modernismo mais ligado ao clima da Califórnia, à abertura da casa -- a promessa de uma vida melhor, por assim dizer", explicou Timme.
"Eram construções incríveis, nas quais se fazia muito pouca distinção entre o lado de dentro e a parte externa, com paredes de vidro maciço que abriam espaços."
Nascido em San Francisco em 1925, Koenig estudou na Escola de Engenharia da Universidade do Utah e, depois na Universidade do Sul da Califórnia, onde se diplomou em arquitetura.
Ele construiu sua primeira residência de aço exposto em 1950, quando ainda era estudante. "Na universidade, eu me interessava pelo aço, mas meu professor me dizia: 'Não, Pierre, não se pode usar aço numa casa. É um material industrial, e as donas-de-casa não gostariam", contou Koenig em entrevista concedida em 2001 à LA Magazine.
Seus projetos mais influentes foram parte do movimento de "Estudos de Caso" (1945-1966) lançado por John Entenza, editor da revista Arts & Architecture, que acabou por