Pierre bordieu, razões práticas sobe a teoria da ação
Controle de Leitura I (Fichamento):
Pierre Bordieu, Razões Práticas sobe a Teoria da Ação. Campinas, SP. Papirus, 1996.
Sub título: A concentração do capital (pag. 97 a 107)
O Estado é um agente que está sempre de uma forma ou de outra monopolizando o uso das informações e legitimando o uso da força física e simbólica, sempre com instrumentos de coerção sobre sua sociedade mais próxima territorialmente para maior domínio. Esse domínio é desenvolvido nas estruturas sociais e mentais desde sempre de forma institucional histórica para que seja percebida como agente natural.
A ideia que melhor fundamentou a teoria da ação é a de diferentes tipos de capital, sua distribuição na sociedade e sua forma de perceber através dos agentes sociais: além do capital econômico, já tão estudado e enfatizado pelo materialismo histórico, destaca o capital cultural, político, religioso etc.
O capital simbólico entra, aqui, como um extra, pois trata-se da percepção de cada tipo de capital pelos agentes, que lhe atribuem valor muito acima da realidade do que realmente é. Esta percepção e valoração dos capitais constitui o capital simbólico, que está na base não só da constituição do Estado, mas também da instalação e manutenção de relações de dominação feitas desde os primórdios.
A construção do Estado está diretamente ligado a construção do Poder, entendido como campo de batalha entre quem quer lutar particularmente para exercer o poder desse Estado e os diferentes tipos de capital que fazem parte.
“O Estado nascente deve afirmar sua força física em dois contextos”. Para o exterior em relação aos outros estados para manter soberania. No interior em relação aos contra poderes, no caso a resistência ao estado que é detentor momentâneo do