Piaget
Para Piaget, o jogo é essencial na vida da criança, pois prevalece a assimilação. No jogo, a criança se apropria daquilo que percebe da realidade. Defende que o jogo não é determinante nas modificações das estruturas, mas pode transformar a realidade.
Piaget classifica em fases o desenvolvimento do jogo na criança:
Primeira fase: adaptações puramente reflexas. A criança age conforme os instintos essenciais, como por exemplo, a sucção como refeição.
Segunda fase: as condutas adaptativas continuam, mas começam com uma diferenciação: a dualidade. Como exemplo, temos os jogos da voz, as primeiras lalações.
Um esquema jamais é por si mesmo lúdico, ou não-lúdico, e o seu caráter de jogo só provem do contexto ou do funcionamento atual. Mas todos os esquemas são suscetíveis de dar lugar a essa assimilação pura, cuja forma extrema é o jogo.
Terceira fase ou fase das relações circulares secundárias: o processo se mantém inalterado, mas a diferença entre jogo e assimilação intelectual é mais nítida. Nesta fase a criança aprende a manipular objetos, descobre que eles fazem barulho. O Jogo é compreendido e não oferece mais novidade.
Quarta fase ou fase da coordenação dos esquemas secundários: prolongam-se as manifestações lúdicas, pois elas são executadas por pura assimilação, por prazer e sem esforço, tendo em vista atingir uma finalidade. Esta modalidade de esquema permite a formação de verdadeiras combinações lúdicas, passando de um esquema a outro para assegurar-se deles, e sem esforço de adaptação. Consiste em repetir e associar os esquemas já constituídos, com um fio não lúdico.
Quinta fase: acontece a transição entre as condutas rituais e o símbolo lúdico, onde as manifestações aparecem com uma fertilidade muito maior de combinações. O jogo se apresenta como uma ampliação da função de assimilação, para além dos limites da adaptação atual.
Sexta fase: nesta fase o lúdico desliga-se do ritual, sob a forma de esquemas simbólicos, graças ao