Petróleo e gás
Fluido de completação é, por definição, uma solução salina isenta de sólidos. Esta a grande diferença entre o fluido de completação e o fluido de perfuração, que é uma suspensão de sólidos em líquidos.
A ausência de sólidos se deve ao fato de que estes causam dano à formação. Assim, durante a perfuração do poço, a rocha nas imediações do poço fica danificada, e sua permeabilidade bastante reduzida.
Após a descida e cimentação do revestimento, o fluido de perfuração deve ser substituído por fluido de completação, antes de ser efetuado o canhoneio. O canhoneio deve então perfurar e atravessar não só o aço do revestimento e o cimento, com também a área invadida e danificada da rocha, atingindo assim uma parte da rocha com a permeabilidade original.
Nesta hora, o fluido do poço será colocado em contato com a formação. Sendo isento de sólidos, o fluido de completação não causará dano mecânico à formação, embora, logicamente, possa causar dano químico, pela reação de seus íons com os argilominerais presentes na rocha da formação e também pela interação físico-química com o petróleo.
Portanto, além de ser isento de sólidos, os fluidos de completação devem também possuir aditivos que inibam a reação química com a rocha e a formação de emulsão com o óleo da formação.
No entanto, muitas vezes, conforme visto nos capítulos anteriores é necessário que se faça um combate à perda para a formação, visto que as soluções salinas não têm este poder.
Algumas técnicas empregam fluidos viscosos, géis reticulados, etc., mas todas elas foram suplantadas com o surgimento, recentemente, dos “drill in fluids”, que são considerados fluidos de perfuração limpos, e que serão apresentados neste capítulo.
O ATP-N utiliza, basicamente, três tipos de fluidos: uma solução salina para intervenção, uma solução salina anti-corrosiva para preservação dos equipamentos que ficam instalados no poço, e uma suspensão de sólidos para efetuar combate a perda.
CAMAI