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Contextualização da Petrobrás nas políticas: fiscal, monetária e cambial.
Política monetária:
A companhia é tomadora de crédito, inclusive, no mercado local. Como um eventual aumento de juros básicos influenciará a Petrobrás?
Por ela ser uma tomadora de crédito, inclusive local, com a taxa básica de juros alta o BC aumenta a atratividade das aplicações em títulos de dívida pública. Assim, não “sobra” dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo. Com isso, os investimentos da Petrobrás ficarão mais caros.
Política Cambial:
A Petrobrás negocia uma commodity. Esta, por sua vez, é cotada em dólar. Como as oscilações de ambos fatores influenciam a companhia? E mais: para manter a geração energética funcionando no Brasil, a companhia está sendo obrigada a importar bilhões de dólares em petróleo (para financiar o funcionamento das termelétricas). Quais impactos disso na companhia e para a balança comercial? Como variações nos preços do dólar e commodity influenciam a conta de energia elétrica residencial? Relacionar esta última pergunta com política fiscal.
A Petrobras tem grande parte de sua dívida em dólar e importa combustíveis para revendê-los no mercado brasileiro, com um desconto em relação aos preços internacionais. O preço doméstico da gasolina está 22% abaixo dos preços internacionais, e o preço do diesel possui uma defasagem de aproximadamente 18%, com isso a empresa perde dinheiro ao importar diesel ou gasolina para vender aqui. Além disso, uma vez que os preços domésticos dos combustíveis são estabelecidos pelo governo e o país já se prepara para a corrida presidencial, dificilmente haverá aumento dos preços de combustíveis até o fim do ano que vem.
A produção menor, consumo maior e um atraso no registro de importações realizadas no ano passado pela Petrobras levaram a balança comercial de petróleo e derivados para o maior déficit da história, porque está sobrando menos óleo para a