Fotografia e Memória: Reconstituição por meio da fotografia.
O autor trata no texto a trajetória da reconstrução da memória por meio da fotografia. Ele constrói o texto por meio de subtítulos cronologicamente. É evidente, nesse artigo, que a fotografia é uma grande fonte de informações para reconstituição do passado quanto para a reinvenção do mesmo. Isso porque a imagem fotográfica possui múltiplas faces e realidades, a primeira delas seria aquilo que está retratado na fotografia, a imagem congelada que vemos no documento. A segunda realidade é o conteúdo (passível de identificação) da fotografia, as outras faces são aquelas que não podemos ver e que permanecem ocultas, mas que podemos intuir.
Kossoy afirma que, quer a reconstituição seja dirigida à investigação histórica ou apenas recordação pessoal, será sempre necessário um processo de criação de realidades. Seguindo esse pensamento podemos dizer que sempre que fotografias de outras épocas depois de analisadas com base em metodologias adequadas, estas se tornam fontes insubstituíveis para a reconstituição histórica desses cenários. O que o autor quer dizer, é que existe um mito a cerca de que fotografia é sinônimo de realidade, no entanto embora a fotografia guarde imagens inalteradas a construção histórica é feita através de nossa imaginação e conhecimento baseada nos fatos presentes na imagem.
Segundo o autor, o conceito de fotografia está tão enraizado com a ideia de realidade que existe um condicionamento, no senso comum, onde a fotografia passa a ser um substituto imaginário do real de tal modo que nós reforçamos esse condicionamento na medida que guardamos nossas fotografias ao decorrer da vida. Kossoy aborda que guardamos esses pedaços congelados do passado como forma de recordar as diversas experiências que tivemos. Dessa forma, a fotografia é mais um objeto simbólico que para aqueles que estão fora do contexto não faz sentido algum.
As fotografias em geral tem um tempo de vida