Pesticidas
TOXIDEZ
CLÁUDIA F. B. COUTINHO*
SONIA T. TANIMOTO*
ANDRESSA GALLI*
GUSTAVO S. GARBELLINI*
MARISA TAKAYAMA**
RAQUEL B. DO AMARAL**
LUIZ H. MAZO***
LUIS A. AVACA***
SERGIO A. S. MACHADO***
Este artigo apresenta breve revisão sobre pesticidas muito utilizados no Brasil em culturas de soja, milho e cana-de-açúcar. Foram abordados o mecanismo de ação, a degradação e a toxidez dos herbicidas glifosato, pendimetalina e atrazina e dos inseticidas fenitrotion e fipronil. Verificou-se que o modo de ação desses pesticidas ocorre por meio da inibição de enzimas específicas como a enolpiruvil shikimato3-fosfato sintase (glifosato) e a colinesterase
(fenitrotion), de proteínas como as tubulinas
(pendimetalina), de receptores do sistema nervoso como o ácido gama aminibutírico (fipronil) e da inibição da fotossíntese (atrazina). Em relação à degradação, a rota mais importante para o desaparecimento dos herbicidas glifosato e atrazina e do inseticida fenitrotion é a biodegradação. Fipronil, moderadamente persistente no ambiente, é degradado pela luz (fotodegradação). Para a pendimetalina, tanto os microrganismos quanto a luz são responsáveis pelo desaparecimento desse composto. A toxidez dos pesticidas varia de acordo com o grupo químico em que se enquadram, sendo o efeito tóxico mais agudo para os seres humanos e outros mamíferos apresentado pelo fenitrotion
(organofosforado).
PALAVRAS-CHAVE: AGROTÓXICOS - MECANISMO DE AÇÃO; DEGRADAÇÃO; AGROTÓXICOS -TOXIDEZ.
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Doutorandos em Química Analítica, Instituto de Química de São Carlos (IQSC), São Carlos-SP (email: claudiabreda@iqsc.usp.br).
** Mestrandos em Química Analítica, IQSC, São Carlos-SP.
*** Pesquisadores, IQSC, São Carlos-SP (e-mail: lhmazo@iqsc.usp.br; avaca@iqsc.usp.br; sasmach@iqsc.usp.br). Pesticidas: r.ecotoxicol. e meio ambiente, Curitiba, v. 15, jan./dez. 2005
Pesticidas: r.ecotoxicol. e meio ambiente, Curitiba, v. 15, p. 65-72,