Pesticidas
Esse produto teve seu primeiro registro literal em 1962, no livro Primavera Silenciosa (Silent Spring) escrito por Rachel Carson. Nessa obra, os pesticidas já são apresentados como uma incômoda preocupação tendo em vista a ausência de estudos científicos acerca de efeitos do uso de tais substâncias à saúde dos trabalhores diretos e consumidores desses produtos, aos animais em contato, à sinergia na cadeia alimentar, aos corpos aquáticos e ao ecossistema. A autora foi a primeira a assumir uma posição adversa ao uso indiscriminado desses produtos de forma contundente.
A múltipla exposição de pessoas a agrotóxicos acarreta diversas patologias no campo neurológico, como exemplo neuropatia tardia, síndrome neurocomportamental, ou seja, distúrbios neuropsíquicos pelo uso crônico de pesticidas. Os danos saúde humana são muito variáveis. No início dos anos 50, o Brasil apresentou um quadro extremamente propício para o acompanhamento da gravidade desse fator, tendo em vista a substituição do DDT por pesticidas fosforados. A metodologia ensinada ao agricultores para utilização do produto anterior foi, que para dissolver o pó mais adequadamente em água, o agricultor deveria utilizar o braço com a mão aberta para misturá-los. O DDT possuía uma dose letal, mas os problemas causados apareciam cerca de 15 anos depois da utilização. Todavia, quando o agricultor resolvia fazer o mesmo com o Parathion (pesticida fosforado), morria quase que imediatamente. Nos anos 60, há relatos de casos de intoxicações