Peste negra
Mudanças climáticas podem levar a mais epidemias de peste bubônica na população humana, segundo informações de um estudo.Pesquisadores descobriram que a bactéria que causa a doença pode se tornar mais comum depois de primaveras mais quentes e verões com mais chuvas.A doença ocorre naturalmente em várias partes do mundo e equipes de pesquisadores esperam que sua descoberta possa ajudar autoridades a limitarem o risco de futuras epidemias.A pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.Acredita-se que a bactéria Yersinia pestis tenha sido a causa da Peste Negra, que matou mais de 20 milhões de pessoas durante a Idade Média.CazaquistãoA equipe internacional de cientistas, que concentrou suas pesquisas no Cazaquistão, afirmou que a doença é comum entre populações de roedores.Escrevendo para a revista, um dos autores da pesquisa Nils Stenseth, da Universidade de Oslo, afirmou: "As regiões desertas da Ásia central são conhecidas por ter vários focos da praga onde o grande gerbil (ou Esquilo da Mongólia, o roedor Rhombomys opimus) é o seu hospedeiro.""Transmissão da peste exige abundância de hospedeiros e um número suficiente de pulgas ativas como vetores transmitindo a bactéria da peste entre os hospedeiros", afirmou Stenseth.Pulgas ficam ativas quando as temperaturas ultrapassam 10° C. Uma primavera mais quente significa que a procriação das pulgas começa mais cedo.A população de pulgas continuou a crescer quando a primavera foi seguida de um verão mais úmido, com mais chuvas, segundo o pesquisador.A combinação das condições climáticas das duas estações levou a um aumento no número de insetos que alimentam o gerbil, resultando numa maior transmissão da peste.O estudo mostrou que apenas 1°C de aumento na temperatura durante a primavera levou a um aumento