Pesquisas qualitativas
O artigo propõe uma discussão sobre a forma de recepção das pesquisas qualitativas na educação. Procura enfrentar as acusações da ausência de rigorosidade científica, defendendo que o problema não está propriamente na concepção de pesquisa, menos ainda numa simples decadência natural de sua história.
Entende que existe uma falta de compreensão que permite a apropriação dessas pesquisas de maneira nem sempre adequada às suas exigências, sendo assim, o empobrecimento da experiência no campo educativo, são abordadas em diferentes configurações.
A título de provocação, enuncia algumas proposições com o intuito de diminuir a possibilidade de que tais pesquisas sejam avaliadas como formas de produção do conhecimento no contexto educativo.
Desenvolvimento:
A pesquisa qualitativa é traduzida por aquilo que não pode ser mensurável, ou seja, não se pode medir, pois a realidade e o sujeito são elementos indissociáveis. Assim sendo, quando se trata do sujeito, levam-se em consideração seus traços subjetivos e suas particularidades. Tais pormenores não podem ser traduzidos em números quantificáveis.
Ao longo dos anos, a pesquisa tem buscado por estudos que valorizam a utilização de métodos quantitativos na descrição e explicação dos fenômenos. Hoje, no entanto, é possível identificar, com clareza, outra forma de abordagem.
Estamos falando de uma pesquisa identificada como "qualitativa"; Apesar de já ter sido utilizada por antropólogos e sociólogos, só nos últimos anos começou a ganhar um espaço reconhecido em outras áreas, como a psicologia, na educação e a administração de empresas.
Em geral, num estudo quantitativo o pesquisador conduz seu trabalho a partir de um plano já estabelecido,