Pesquisas França
Norbert Elias estudou medicina, filosofia, psicologia e, principalmente, sociologia. O autor foi de família judaica, tendo, portanto, que exilar-se na França em 1933 antes de se estabelecer na Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Elias viveu de forma precária mesmo depois que sua obra mais importante “O Processo Civilizador” tinha sido publicada em 1939, porém ignorada. Em 1969, quando a obra foi republicada e traduzida ao inglês, o livro ganhou importância. Mais tarde, Elias foi considerado um dos mais influentes sociólogos de todos os tempos. Em “O Processo Civilizador”, Elias faz uma análise de sociedade e cultura e como essas divergem em seus significados com foco no contexto francês. Ele procura explicar a formação do Estado pela sociogênese, ou seja, pelas interações sociais entre os homens e como essas interações permitem a emergência de um poder centralizado. Segundo Elias, o Estado começa com um centro que reúne acumulação de terras e depois luta pela hegemonia em maior área. Após a conquista desse monopólio, cria-se uma forte ligação entre recursos tributários e forças militares, pois um sustentava o outro. De acordo com o autor, quanto maior o poder do rei menor é sua liberdade. O individuo que está no poder torna-se um órgão público e nesse órgão são criados os cargos e as funções. O autor também que diz que não é o fim do monopólio se o poder passar pras mãos de mais de um, ou seja, isso não cessa o crescimento do Estado. A centralização e monopolização levam à um acordo entre representantes dos Estado e a população; todo esse processo tende a formar o “regime democrático”.
O controle político da monarquia da França não era territorialmente uniforme, visto que nas regiões mais distantes de paris, esse poder ia enfraquecendo. O número de habitantes da frança também era um grande obstáculo: 20 milhões de pessoas faziam da frança um país duas vezes mais populoso que a Espanha no século xvi as três grandes rupturas na ordem política