Pesquisas Com Células-Tronco Embrionárias
As Células-Tronco são células capazes de se diferenciar e formar vários tipos de tecidos dos animais. Elas são importantes, pois podem reconstituir desde células musculares às células nervosas que foram danificadas (Figura 1). Danos estes que podem ser causados por acidentes, degeneração de tecidos, envelhecimento, e alterações genéticas. Reconstituídos, permitem assim, a recuperação da funcionalidade de órgãos e retomada de movimentos.
O problema maior da utilização das Células- Tronco envolve a utilização das Células-Tronco Embrionárias, que são formadas à partir da fecundação do ovócito pelo espermatozóide (Figura 2),a célula inicial, mais completa e com maior capacidade de diferenciação e que implantado em útero, podem gerar um bebê. A discussão ética se inicia ao especular onde é o começo da vida, se é na fecundação, na implantação dos óvulos, em uma das fases gestacionais ou no nascimento da criança.
A Comunidade Científica e a Comunidade Religiosa entram em um embate ético e ideológico, onde a maior parte dos cientistas defende que o embrião é apenas uma célula sem capacidade de se tornar um ser vivo ao menos que seja implantada e os religiosos defendem que, o simples fato de poderem nascer já passa a ser considerado como indivíduo.
Essa discussão acaba por interferir na legislação de muitos países, que não regulamentam a utilização das células-tronco e gera prejuízos, devido ao atraso em pesquisas, que podem gerar primeiramente benefícios a saúde das pessoas e em segundo plano benefícios econômicos aos países que desenvolvem o produto, considerando o potencial do método e do tratamento para mercado médico-farmacêutico.
Dentre os países que regulamentaram o uso de células tronco para pesquisas científicas, a permissão mais interessante foi a da utilização de embriões congelados vindos do descarte da reprodução in vitro. Desse modo, embriões que antes seriam jogados fora, serão utilizados para pesquisas que