pesquisadora infantil
ADOLESCENTES (VDCA): O QUE A UNIVERSIDADE TEM A VER COM ISSO? Por: Elizete Gonçalves Silva1
CRP 20/1241
Por ser referência em produção de conhecimento, a Universidade pode e deve fazer parte da Rede de Enfrentamento à Violência Domestica contra Crianças e Adolescentes que a cada dia tem seus índices aumentados e submersos, ou pela falta de compromisso dos profissionais que atuam nos Órgãos de defesa e proteção da criança e adolescente, ou pelo “complô do silêncio” vivenciado pela família e testemunhas da violência que tem impedido consideravelmente a denúncia e/ou notificação dos casos verificados, sejam eles na escola, nos bairros e até mesmos nos postos de saúde e consultórios ambulatoriais. É dever dos profissionais da saúde e educação notificarem os casos de violência aos Conselhos Tutelares, os quais encaminharão as vítimas e familiares para os devidos órgãos da Rede de Enfrentamento. Parte desse dever prende-se à sensibilidade em reconhecer os sinais e sintomas apresentados pelas vítimas de modo a ajudá-las e não revitimizá-las com uma atuação por vezes ignorante e estigmatizante. Nestes momentos a capacidade de ver e escutar faz toda a diferença, tanto para a pessoa que busca ajuda como para o profissional que aprende a emitir um olhar e escuta sensíveis ao outro e não apenas à enfermidade apresentada. Uma atitude acolhedora por parte do profissional é fundamental para que possa ocorrer a aproximação da criança ou do adolescente. E é no espaço de aprendizagem da Faculdade que os futuros profissionais precisam aguçar tal olhar diferenciado e se possível, iniciar sua atuação de ajuda tanto no atendimento quanto em ações de prevenção à comunidade em que estão inseridos enquanto acadêmicos. Ocorrendo a revelação de uma situação de violência doméstica (física, sexual, psicológica, negligência) é importante:
1. Não fazer interrogatórios longos;
2. Não censurar, criticar ou culpar a criança ou adolescente;