Pesquisa
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A Maçonaria e a Revolta dos Alfaiates
Roberto Aguilar M. S. Silva
Membro Vitalício da Academia Maçônica de Letras de
Mato Grosso do Sul, Brasil
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A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates
(uma vez que seus líderes exerciam este ofício), foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então Capitania da
Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), se reveste de caráter popular.
Sendo a então Capitania da Bahia governada por D. Fernando José de
Portugal e Castro (1788-1801), a capital, Salvador, fervilhava com queixas contra o governo, cuja política elevava os preços das mercadorias mais essenciais, causando a falta de alimentos, chegando o povo a arrombar os açougues, antes da ausência de carne.
O clima de insubordinação contaminou os quartéis, e as ideias nativistas que já haviam animado Minas Gerais, foram amplamente divulgadas, encontrando eco sobretudo nas classes mais humildes.
A todos influenciava o exemplo da independência das Treze Colônias Inglesas, e idéias iluministas, republicanas e emancipacionistas eram difundidas também por uma parte da elite culta, reunida em associações como a Loja Maçônica
Cavaleiros da Luz.
O ideais
Seu principal lider foi Cipriano Barata, conhecido como médico dos pobres e revolucionário de todas a revoluções. Há grande influência da sociedade maçônica (cavaleiros da luz) e do processo de independência do
Haiti ou, haitianismo.
Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário (onde as pessoas fossem vistas de acordo com a capacidade e merecimento individuais), além da instalação de uma
República na Bahia e da liberdade de comércio e o aumento dos salários dos soldados. Tais ideias eram divulgadas sobretudo pelos escritos do soldado Luiz Gonzaga das Virgens e panfletos de Cipriano Barata, médico e filósofo.
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A Revolta
Em 12 de Agosto de