pesquisa sobre bebidas
– e não alcoólicas – águas envasadas, refrigerantes, chás e refrescos. O consumo
132 BNDES 60 ANOS – PERSPECTIVAS SETORIAIS desses produtos também é altamente correlacionado com a renda per capita e, no caso das bebidas alcoólicas, influenciado por aspectos culturais e legais. A exemplo dos demais produtos das indústrias tradicionais de bens de consumo, as fracas barreiras à entrada permitem que coexistam no mercado pequenas e grandes empresas.
No entanto, o setor tem especificidades que o distinguem de outros setores tradicionais, como as denominações de origem, que diferenciam produtos segundo regiões geográficas. Esse fato, ao limitar a oferta a determinada região, gera algum grau de monopólio sobre o produto, viabilizando sua produção em países onde a mão de obra é relativamente cara. Além disso, em razão da oferta de insumos e de fatores históricos e climáticos, alguns países de alta renda são mais competitivos em determinados produtos, como vinho, cerveja e uísque.
Os principais mercados de bebidas são também os mais relevantes em relação ao comércio internacional. Segundo a United Nations Conference on Trade and
Development (UNCTAD), os maiores exportadores em 2010 foram os países europeus, notadamente França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Holanda, que juntos responderam por 50% do comércio internacional. Nesse ano, os principais países importadores foram Reino Unido, Alemanha, Canadá, França, Holanda, Bélgica e
Japão. Apesar de ser um grande produtor e consumidor, a participação do Brasil no comércio internacional de bebidas ainda é modesto. Por outro lado, o país se insere no mercado internacional por meio de participação de capital em empresas sediadas no exterior. http://www.bndes.gov.br/ Fonte: IBGE