Pesquisa sobre Artes Industriais no Rio Grande do Sul
O artesanato seguiu seu caminho até começar a perder espaço com a Revolução Industrial, onde os produtos manufaturados passaram a ser produzidos em massa dentro das fábricas. A partir daí, ficou evidente a diferença entre a obra de arte e arte decorativa, que a partir de então já poderia ser chamada de arte industrial. Em 1860, Gottfried Semper, em seu livro Style, diz que:
“Consumo e invenção foram entregues a profissionais e capitalistas industriais, que arbitram como quiserem, mas sem um milênio de costume popular para cultivar um estilo adequado. Isso requer uma sensibilidade artística muito maior do que a que é comumente encontrada entre nossos industrialistas encontrar (sem o benefício do tempo) a correta forma artística para todas as novas coisas que pressionam por nossa atenção” (SEMPER, 2004, p. 75).
O capitalismo produziu a divisão de trabalho de um modo altamente prejudicial ao almejado sucesso, assim separando a onamentalidade da arte dos aspectos técnicos de um modo puramente mecânico. Os artistas eram contratados para trabalhar na criação dos produtos, mas acabavam sendo mais conselheiros sobre gosto e forma, e ainda por cima eram muitas vezes mal pagos (SEMPER, 2004). Com isso, surgia a necessidade de um aprendizado mais profundo