Pesquisa Mexilh Es
PESQUISA CIENTÍFICA
Mexilhões dourados invadem Rio Paranapanema
Apta-Médio Paranapanema integra grupo de estudo sobre molusco que traz impactos ambientais e econômicos. O mexilhão dourado vive em colônias e tem se fixado em tanques redes utilizados na criação de pescado, bem como nas turbinas de usinas hidrelétricas instalados no rio Paranapanema, exigindo cuidados de controle.
RENATA BALDO PEREIRA
Os tanques redes, importante sistema brasileiro de criação de pescado, e as turbinas de usinas hidrelétricas instaladas no interestadual rio Paranapanema vêm sendo impactados pelo mexilhão dourado (Liminoperna fortunei), um invasor vindo da China que entrou no território brasileiro pela Argentina, via Bacia do Peixe, possivelmente em águas de lastro de navios. Este molusco filtrador vive em colônias e se alastra rapidamente causando descontrole ambiental e prejuízo às atividades econômicas desenvolvidas em águas públicas.
Ao se fixarem nas paredes dos tanques redes os mexilhões dourados tiram a maior vantagem deste sistema de produção que é o fluxo de água fornecendo oxigênio aos peixes em desenvolvimento. A estimativa inicial é de que a necessidade de limpeza periódica dos tanques, de três em três meses na média, aumente em torno de 15% o custo de produção, desestimulando a atividade.
Os pesquisadores ainda desconhecem um predador natural para este invasor. A pesquisadora científica da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta- Polo regional Médio Paranapanema/SAA), Daercy “Dadi” Maria Monteiro de Rezende Ayroza busca, conjuntamente com pesquisadores de outras instituições afins, identificar os padrões de desenvolvimento do mexilhão dourado, de forma a subsidiar estudos que reduzam o seu impacto econômico e ambiental. Confira entrevista sobre esse trabalho na integra:
VT - Qual a pesquisa que o Polo Regional Médio Paranapanema, da Apta, SAA/SP vem desenvolvendo na área de piscicultura e porque?
Dadi: Estamos