Pesquisa ib
Com expectativa de vida e rendimento cada vez maior, a parcela da população acima dos 60 anos transformou-se num contingente expressivo de potenciais consumidores. Elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado em julho, o perfil dos idosos mostra que o rendimento mensal deste grupo cresceu 63% entre 1991 e 2000, passando R$ 403 para R$ 657.
O levantamento mostra, ainda, que 62,4% deles são responsáveis pela manutenção do local onde moram. Dados que comprovam que este pode ser um interessante filão para novos negócios, um indicativo de que o mercado deve preparar-se para atender à demanda deste público, disposto a gastar com o que lhes dê prazer.
Entre os Estados, o Distrito Federal, com R$ 1,796, e o Rio de Janeiro, R$ 1.018, aparecem como as regiões onde se concentram os maiores rendimentos da população de idosos. O número de habitantes com mais de 60 anos aumentou 70% nas duas últimas décadas. De acordo com o IBGE, eles eram 14 milhões, o equivalente a 8,8% da população. Estima-se que em 2020 serão 25,3 milhões, colocando o Brasil no ranking dos países com as maiores populações de idosos.
Pouca gente já despertou para a mutação silenciosa no perfil da população brasileira. Ainda sob o estigma de País do futuro, é difícil encontrar quem dedique empreendimentos, se não exclusivos, ao menos em parte à terceira idade. Diante disso, quem decidir agora explorar o novo nicho sairá na frente.
As oportunidades de negócio são variadas. Consultor do Sebrae-RJ, Álvaro Martins Carneiro aponta atividades como cursos, agências de viagem e hotéis como bons nichos a explorar. "A terceira idade ou melhor idade, como queiram, já tem poder aquisitivo e deve ser vista como potencial consumidora. O que o investidor tem que fazer é prestar atenção na hora de montar o negócio. Se for uma pousada, que tenha piso antiderrapante e quartos com espaço para que o