pesquisa em ss

As autoras procuram mostrar elementos para entender as polêmicas em torno da descoberta da cientificidade das Ciências Sociais e do Serviço Social e suas respectivas controvérsias paradigmáticas no intuito de pensar a realidade social. Pontua-se que hoje se vivencia uma nova era, marcada pelo questionamento das certezas e por uma nítida procura de reformulações, rupturas conceituais e teóricas, ou seja, marcada por indagações sobre os meios de pesquisa, sobre as técnicas e os métodos na investigação da essência do real.
Alerta para os perigos do dogmatismo e admite a possibilidade de diálogo entre os paradigmas teóricos contemporâneos, não descartando o diálogo entre dialética e a hermenêutica, lembrando os riscos do ecletismo. Defende a ideia do devir cuja a importância dessa lógica é compreender como a pesquisa pode ser criadora não somente de novos resultados e sim novos métodos para concretizar a ideia de cientificidade, a historicidade e o caráter ideológico do processo de conhecimento, além da inexistência de um único método científico, pois dependendo do quadro teórico adotado a visão da realidade assumem feições diferenciadas, mostrando perspectiva distintas de explicação, interpretação. Na relação sujeito versus objeto destaca-se a busca do processo de objetivação e o vínculo do conhecimento com a prática. Assim, o processo da pesquisa se situa como principal instrumento de mediação teoria-realidade, contribuindo na criação de conhecimento por meio do diálogo constante, pondo em dúvida a integralidade da objetividade. Por fim, se tem a afirmação de que a pesquisa é constitutiva e constituinte da prática profissional do Serviço Social, sendo determinada pela sua natureza interventiva e pela sua inserção histórica na divisão sociotécnica do trabalho, podendo afirmar as regras do método científico como condição que antecede a produção do conhecimento científico.