pesquisa ss 2
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS E APLICADOS – CESA
SERVIÇO SOCIAL NOTURNO
DISCIPLINA: PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL II
DOCENTE: RAFAELA SILVEIRA
DICENTE: SARAH CAVALCANTE
ATENDIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR.
FORTALEZA – CE
2015
Introdução
Esta pesquisa buscou compreender os significados do abuso sexual infantil intrafamiliar (ASII) que é apenas um dos diversos tipos de violência a que a criança está exposta no lar. Vem sendo praticado, ao longo dos tempos, sem distinção de raça, cor, etnia ou condição social, porém, nas últimas décadas, tem provocado maior visibilidade na mídia e repercussões nas leis, nas políticas públicas e nos debates cotidianos.
Seu grande impacto na infância e na adolescência pode ser verificado através do expressivo número de mortes que provoca nessas faixas etárias. O que torna a questão ainda mais preocupante é o conhecimento de que a mortalidade representa apenas uma pequena parcela de todos os agravos violentos. Essa prática passou a ser percebida socialmente como violência a partir de uma mudança gradual na forma de encarar a infância, vista como fase de cuidados especiais e na atualidade pela compreensão da criança como sujeito de direitos. Uma característica singular do abuso sexual refere-se ao fato de que é realizado, frequentemente, sem o uso de força física, pelo poder, coação e/ou sedução, e por isso não deixa marcas físicas nas vítimas, dificultando a sua identificação.
Geralmente, o abuso sexual apresenta uma dinâmica de funcionamento específica. Inicia-se sutilmente e, conforme o abusador adquire a confiança da vítima, os contatos sexualizados tornam-se gradualmente mais íntimos, podendo variar desde ato de demonstração de carinho até relação sexual genital, oral ou anal.
De fato, os abusos físico, sexual e psicológico, assim como a negligência, são frequentemente praticados no ambiente familiar, e poucos chegam ao domínio público. Essas