Pesquisa de campo de Boas
Em 1896 Boas consegue um emprego estavél em museu de Nova York em que este estava sendo revitalizado sob a liderança do milionario Morris K. Jesup, e Boas o convenceu a financiar uma pesquisa coletiva para investigar afinidades e relações entre os povos da Ásia e Noroeste norte-americano que ficou conhecida como a Expedição de Jesup ao Pacífico Norte. A expedição se deu entre 1897 e 1902 e não foi tão bem sucedida o quanto Boas imaginava por falta de recursos e de pesquisadores, mas, mesmo assim, conseguiu reunir um um grande volume de material etnogfáfico.
A antropologia embora tenha assumido a poucos anos sua posição entre as demais ciências já se aproxima da seu problema: estabelecer as leis que governam o desenvolvimento da cultura. A historia da antropologia repete a historia de outras ciências, as leis fundamentais que governam o desenvolvimento da cultura e da civilização parecem manifestar-se de forma visível, e o caos de crenças e costumes parece arrumar-se numa bela ordem que é quebrada com a revelação de novos fatos. A antropologia atingiu aquele ponto de desenvolvimento em que a investigação cuidadosa dos fatos abala nossa crença nas teorias de longo alcance que foram construidas.
Assim, começamos a compreender que, antes de poder construir a teoria do desenvolvimento de toda cultura humana, devemos conhecer o desenvolvimento das culturas que encontramos aqui e ali, entre as tribos mais antigas do Ártico, dos desertos da Austrália e das impenetráveis florestas da América do Sul, bem como o progresso da civilização da antiguidade e dos nossos tempos. Esses pensamentos estão na base da concepção da expedição de Jesup ao Pacífico Norte, seu objetivo é pesquisar a história do homem numa área bem definida em que problemas de grande importância aguardam solução. A expedição pretende investigar as tribos, presentes e passadasdas costas do oceano Pacífico Norte. O interesse peculiar nessa região decorre do