Resumo
2. “ (...) a etnografia propriamente dita só começa a existir a partir do momento no qual se percebe que o pesquisador deve ele mesmo efetuar no campo sua própria pesquisa, e que esse trabalho de observação direta é parte integrante da pesquisa”. “ (...) a antropologia se torna pela primeira vez uma atividade ao ar livre, levada como diz Malinowski, “ao vivo”, em uma “natureza imensa, virgem e aberta”. O trabalho de campo é considerado como a própria fonte de pesquisa.
3. A antropologia de Franz Boas A crítica ao evolucionismo serviu para a construção da antropologia moderna. Boas acredita nas diferenças culturais dentro do relativismo e critica a antropologia universalista, praticada pelos evolucionistas. O pensamento de Boas é marcado pelo empirismo e pela descrição. A preocupação com os detalhes etnográficos foi iniciada com este pesquisador. Com Boas inicia a transição do difusionismo para o culturalismo. As palavras-chave de seu trabalho são: história, língua e cultura.
4. Franz Boas (1858- 1942). “ No campo, ensina Boas, tudo deve ser anotado (...) Tudo deve ser objeto da descrição mais meticulosa, da transcrição mais fiel.” “ (...) ele mostrou que um costume só tem significação se for relacionado ao contexto particular no qual se inscreve.” “ (...) apenas o antropólogo pode elaborar uma monografia, isto é, dar conta científicamente de uma microsociedade, apreendida em sua totalidade e considerada em sua autonomia teórica.”
5. Boas discute os conceitos de raça e a antropologia evolucionista. Defende que os tipos raciais são instáveis, daí a dificuldade em determinar as raças. No campo da lingüística e do método, Boas observa a língua e a cultura como meio de pesquisa. Ambas são tão importantes quanto a herança biológica. “ (...) ele foi o primeiro a nos mostrar não apenas a importância, mas também a necessidade, para o etnólogo, do acesso à língua da cultura