pesquisa de antropologia
A globalização é malvista por teóricos multiculturalistas, pois produz diversos pontos negativos à diversidade cultural, tais como o surgimento das desigualdades sociais e dos grupos minoritários. Nesse sentido, Ianni (2000)13 afirmou que o fenômeno da globalização é como se fosse um terremoto inesperado e avassalador, provocando transformações mais ou menos radicais em modos de vida e trabalho, formas de sociabilidade e ideais, hábitos e expectativas, explicações e ilusões.
A globalização hegemônica, que teve sua origem no Ocidente, faz tornar conhecido em todo o cosmo uma ideologia capitalista, que busca uma fusão mundial dos mercados.
Muitas vezes, essa ideologia coloca em conflito várias culturas, que cada vez mais se tornam homogêneas, contrariando dessa forma as políticas multiculturais.
As sociedades capitalistas exigem representações diferenciadas em poder e política, e favorecem a iniquidade por meio de hierarquias e interesse competitivo, e a desigualdade, por intermédio de um sistema em busca do lucro. Observa-se, assim, uma relação entre multiculturalismo, globalização e capitalismo, pois o capitalismo propicia a globalização, e esta influencia as políticas multiculturais, porém sob aspecto negativo, na medida em que cria classes dominantes.
As classes dominantes oprimem grupos menos favorecidos, o que acarreta exclusão social, econômica e política de pequenos trabalhadores. Como consequência, haverá vários grupos em condições financeiras precárias e uma concentração de rendas e riquezas nas mãos de poucas pessoas. Dessa maneira, a globalização vem robustecendo a riqueza de uns poucos e verticalizando a pobreza e a miséria de milhões. Consoante Freire (1991)14, para os opressores, o que vale é ter mais, e cada vez mais, à custa, inclusive, do ter menos ou do nada ter dos oprimidos.
Os oprimidos, muitas vezes, possuem em seu favor unicamente os direitos humanos, e, ao buscarem sua proteção, acabam