pesquisa de campo - antropologia
Local: enfrente a igreja do senho do Bonfim, no bairro do Bonfim onde Adriana reside.
Começamos o trabalho de observação as 8:40 do dia 16 de maio de 2008, sexta-feira, nas intermediações da igreja. Nos dividimos em dupla e trio para abordar os informantes.
A igreja estava lotada, havia varias pessoas trajadas de branco, o primeiro fato que nos chamou a atenção foi a quantidade de idosos, sentados em frente da igreja pedindo esmolas, o segundo foi a abordagem dos vendedores de fitinhas que cercaram todas nos na tentativa de vender os seus produtos.
2° parte – Identificação e abordagem às pessoas que nos causaram estranhamento.
Enquanto Adriana acompanhou Kyra a sua residencia para irem ao banheiro e para guardar os pertences, Ana Raquel, Fernanda e Luara deram inicio ao trabalho.
Uma pessoa que causou bastante estranhamento e a primeira a ser entrevistada foi o Seu Reginaldo, 78 anos, residente de Pero Vaz onde mora com seu irmão, único homem em meio a tantas mulheres, estava sentado pedindo esmola na escada da igreja, meio tímido topou conversar conosco. “eu conheço todas aqui, a muito tempo vinhemos para pedir esmola, eu venho toda terça, sexta e domingo.”...”muitos nos ajudam. Os turistas nos dinheiro, as vezes 50, 100 reais, é raro, mas eles dão. Já o pessoal daqui do Bonfim da 5, 10 centavos. Uma vez me deram 4 centavos e me perguntei o que eu iria comprar com isso.”...” aqui é meu meio de sobrevivência. Eu vivo disso, as vezes ganho roupa, o sapato que eu estou usando foi que me deram. A igreja também nos dão cesta básica...”
O segundo informante foi o Seu Lorenço, 61 anos, católico, pai de 3 filhos. Sua filha mais nova é pedagoga, “minha filha se formou no mesmo curso que você esta fazendo”. Morador da Pedra Furada, trabalha de ambulate. No inicio da entrevista olhou desconfiado, jogando charme. Quando perguntei a sua idade falou orgulhoso “tenho 61” desafiando-me a um flerte. “esse mês aqui não