Pesquisa de Alberto Caeiro
Alberto Caeiro da Silva (Lisboa, 16 de Abril de 18892 ou Agosto de 1887 – Junho de 1915 ) foi uma personagem ficcional (heterônimo) criada por Fernando, sendo considerado o Mestre Ingenuo dos restantes heterônimos (Álvaro de Campos e Ricardo Reis) e do seu próprio autor, apesar de apenas ter feito a instrução primária.
Foi um poeta ligado à natureza, que despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstrui a visão ("pensar é estar doente dos olhos"). Proclama-se assim um anti metafísico. Afirma que, ao pensar, entramos num mundo complexo e problemático onde tudo é incerto e obscuro. À superfície é fácil reconhecê-lo pela sua objetividade visual, que faz lembrar Cesário Verde, citado muitas vezes nos poemas de Caeiro por seu interesse pela natureza, pelo verso livre e pela linguagem simples e familiar. Apresenta-se como um simples "guardador de rebanhos" que só se importa em ver de forma objetiva e natural a realidade. É um poeta de completa simplicidade, e considera que a sensação é a única realidade.
Temas
Os seguintes temas são os mais abordados ao longo da sua poesia e os seus respetivos chavões de identificação.
Subjetivismo:
atitude anti lírica; atenção à eterna novidade do mundo; poeta da Natureza;
Sensacionismo:
poeta das sensações verdadeiras; poeta do olhar; predomínio das sensações visuais e auditivas;
Anti metafísico: recusa do pensamento e da compreensão (pensar é estar doente dos olhos) recusa do mistério e do misticismo;
Panteísmo naturalista:
Deus está na simplicidade e em todas as coisas.