Brasil Colonial ou Imperial
O período da permanência dos jesuítas no Brasil, que vai de 1549 a 1749, foi o de implementação dos estudos e a fundação dos primeiros colégios. A primeira escola oficial no país foi fundada em 1550, o Colégio dos Meninos de Jesus, deveria acompanhar os modelos educacionais de Lisboa. Os documentos dão conta de que sete meninos órfãos foram trazidos pela missão, para estudar nessa primeira instituição educacional.
No ano de 1554, junto com o Padre Manoel da Nóbrega, ele ajudou a fundar, em 25 de janeiro, o terceiro colégio jesuíta do Brasil, em Piratininga, um nome tupi e aquático. Vem do tupi pi'ra "peixe" e (mo)tininga, gerúndio de "secar", de onde "peixe secando ou seca peixe". Segundo Anchieta, por efeito de trasbordamentos, o rio Tamanduateí deitava fora peixes, em suas lagoas marginais e os deixava em seco, expostos ao sol. Os jesuítas fundavam essas vilas tanto para ser pontos de concentração de colonos mas também para ser pontos de catequese dos índios nativos. Então, como vemos, os jesuítas tiveram um papel muito importante na colonização da Capitania de São Vicente e também na colonização das terras brasileiras.
Em Salvador, a obra dos jesuítas seguiu para o Sul. Decorridas duas décadas, a Companhia era formada por cinco escolas de instrução elementar, localizadas em Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga; e três colégios, no Rio de Janeiro, em Pernambuco e na Bahia.
A expansão dos colégios não aconteceu apenas no território brasileiro. Em 1606 havia 193 colégios espalhados pelo mundo, sendo 36 na América, Índia e Japão. (QUERO, s. d., p. 18, citado por p. 8) Vê-se, pois, que em menos de 70 anos houve uma verdadeira proliferação de colégios da Companhia. Isso se deveu certamente ao bom êxito alcançado, mas não menos à necessidade premente de se oferecer boa educação à juventude da época, pois ainda existiam poucos colégios ou escolas para jovens. (p. 68)
A criação dos colégios jesuíticos passou