Pesqisa e pratica pedagógica
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O Projeto Político-Pedagógico há de ser entendido como, nos termos de Vasconcelos (2002, p. 169): “O plano global da instituição”. Isso, antes de tudo, requer uma consciência da comunidade envolvida no sentido de que jamais se pode falar em algo pronto, acabado, definitivo. Todo o processo de construção do mesmo é um exercício – ao menos deveria ser – que se dá com a participação ativa e crítica de todos. Exatamente pelo caráter peculiar de cada escola, são inúmeras as formas ou os modelos do PPP. A sua principal característica talvez seja o seu grande poder para intervir e mudar a realidade. Assim, ele não só organiza como integra as ações que se destinem a este fim. Fernando Diogo (1998, p. 17) sintetiza bem o que se pode compreender por Projeto Político-Pedagógico, embora utilize outra terminologia. “O Projeto Educativo é, claramente, um documento de planificação escolar que poderíamos caracterizar do seguinte modo: de longo prazo quanto à sua duração; integral quanto à sua amplitude, na medida em que abarca todos os aspectos da realidade escolar; flexível e aberto; democrático porque elaborado de forma participada e resultado de consensos.”
Portanto, como um documento norteador da vida escolar não pode ser trabalhado fora de uma prática coletiva do conhecimento. Deste modo, a sua essência filosófica perpassa pela idéia de emancipação geral do homem, ou melhor, da libertação integral e progressista. Noutras palavras: o Projeto Político-Pedagógico precisa conter o compromisso maior de contribuir para uma educação cidadã. Vale salientar, na atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), encontrou certa autonomia para que as escolas elaborem suas propostas pedagógicas. A escola passa a ser vista não mais como uma instituição fechada.
A elaboração do Projeto Político-Pedagógico, antes de tudo, não pode ser nem mera reprodução do “senso comum pedagógico” vigente, nem implantação de propostas “novidadeiras”. Tal instrumento